O Melasma é uma hipermelanose adquirida (mancha), que envolve principalmente a face, variando do castanho claro ao escuro. Acomete indivíduos de todas as raças e ambos os sexos, porém mais comum em mulheres (90%) de origem hispânica que vivem em regiões tropicais.
Existem vários fatores conhecidamente implicados na patogênese do melasma, como predisposição genética, contraceptivos orais, gravidez e mais freqüentemente, exposição à radiação solar. Recentemente, atribui-se interações entre vascularização cutânea e melanogênese, por meio do fator de crescimento endotelial, além da ação do alfahormônio estimulador de melanócito, ativado pelos raios ultra-violeta.
Clinicamente podem ser acometidas as regiões centrofacial, malar e mandibular, a qual pode se estender até o pescoço.
O tratamento do melasma é difícil e depende de fatores como fotoproteção adequada e adesão ao tratamento prolongado.
As tentativas terapêuticas convencionais consistem em aplicação tópica de clareadores, como hidroquinona (associada ou não a tretinoína), mequimol, ácido kójico e ácido azeláico. Peelings superficiais, luz intensa pulsada e laser também se incluem no arsenal terapêutico.
Foram selecionadas dez mulheres com diagnóstico de melasma, idade entre 29 e 58 anos, fototipo III ao V, previamente excluídos comorbidades, uso de medicação oral ou anormalidades no coagulograma. Após consentimento por escrito, foram acompanhadas por 12 semanas, período em que fizeram uso exclusivo de filtro solar. Após anestesia tópica, injeções intradérmicas com 0,05ml de ácido tranexâmico (4mg/ml) foram aplicadas semanalmente em cada cm² de melasma. As pacientes foram fotografadas no início, na 6ª e 12ª semana.
O estudo simples-cego da eficácia do tratamento foi analizado por seis dermatologistas, por meio da comparação fotográfica, em que escolhiam o antes e o depois numa seqüência aleatória e posteriormente contabilizado os acertos de cada examidor e de cada paciente.
A aplicação de trans-4-amino-methylcyclohexanecarboxylic acid (ácido tranexâmico), um inibidor da plasmina, é um efetivo tratamento para hiperpigmentação solar, uma vez que impede a ação do plasminogênio no queratinócito lesado pelos raios ultravioleta, resultando em menor liberação de mediadores da inflamação (com a diminuição de ácido aracdônico livre e menor produção de prostaglandinas) e menor ativação da tirosinase no queratinócito.
No estudo realizado, 66% dos examinadores obtiveram acertos superiores a 56%, sendo que as pacientes com fototipo baixo (III), foram as que apresentaram melhor resultado, recebendo média de 66% de acertos; já pacientes de fototipo alto (V), receberam média de acertos 38,6%. Foram observados efeitos colaterais mínimos como eritema, ecmose e ardência local, houve exclusão de uma paciente por apresentar intolerância ao produto.
Baseado nos resultados sugerimos que o uso de ácido tranexâmico intradérmico pode ser usado como método terapêutico eficaz e seguro no tratamento do melasma.
Existem vários fatores conhecidamente implicados na patogênese do melasma, como predisposição genética, contraceptivos orais, gravidez e mais freqüentemente, exposição à radiação solar. Recentemente, atribui-se interações entre vascularização cutânea e melanogênese, por meio do fator de crescimento endotelial, além da ação do alfahormônio estimulador de melanócito, ativado pelos raios ultra-violeta.
Clinicamente podem ser acometidas as regiões centrofacial, malar e mandibular, a qual pode se estender até o pescoço.
O tratamento do melasma é difícil e depende de fatores como fotoproteção adequada e adesão ao tratamento prolongado.
As tentativas terapêuticas convencionais consistem em aplicação tópica de clareadores, como hidroquinona (associada ou não a tretinoína), mequimol, ácido kójico e ácido azeláico. Peelings superficiais, luz intensa pulsada e laser também se incluem no arsenal terapêutico.
Foram selecionadas dez mulheres com diagnóstico de melasma, idade entre 29 e 58 anos, fototipo III ao V, previamente excluídos comorbidades, uso de medicação oral ou anormalidades no coagulograma. Após consentimento por escrito, foram acompanhadas por 12 semanas, período em que fizeram uso exclusivo de filtro solar. Após anestesia tópica, injeções intradérmicas com 0,05ml de ácido tranexâmico (4mg/ml) foram aplicadas semanalmente em cada cm² de melasma. As pacientes foram fotografadas no início, na 6ª e 12ª semana.
O estudo simples-cego da eficácia do tratamento foi analizado por seis dermatologistas, por meio da comparação fotográfica, em que escolhiam o antes e o depois numa seqüência aleatória e posteriormente contabilizado os acertos de cada examidor e de cada paciente.
A aplicação de trans-4-amino-methylcyclohexanecarboxylic acid (ácido tranexâmico), um inibidor da plasmina, é um efetivo tratamento para hiperpigmentação solar, uma vez que impede a ação do plasminogênio no queratinócito lesado pelos raios ultravioleta, resultando em menor liberação de mediadores da inflamação (com a diminuição de ácido aracdônico livre e menor produção de prostaglandinas) e menor ativação da tirosinase no queratinócito.
No estudo realizado, 66% dos examinadores obtiveram acertos superiores a 56%, sendo que as pacientes com fototipo baixo (III), foram as que apresentaram melhor resultado, recebendo média de 66% de acertos; já pacientes de fototipo alto (V), receberam média de acertos 38,6%. Foram observados efeitos colaterais mínimos como eritema, ecmose e ardência local, houve exclusão de uma paciente por apresentar intolerância ao produto.
Baseado nos resultados sugerimos que o uso de ácido tranexâmico intradérmico pode ser usado como método terapêutico eficaz e seguro no tratamento do melasma.
Referências
1-Lee JH , Park JG , Lim SH, Kim JY, Ahn KY, Kin M, et al. Localized Intradermal Microinjection of Tranexamic Acid for Treatment of Melasma in Asian Patients:
A Preliminary Clinical Trial, Dermatol Surg 2006;32:626–631.
2-Grimes PE. Melasma: etiologic and therapeutic considerations. Arch Dermatol 1995;131:1453–7.
3- Morelli JG, Norris DA. Influence of inflammatory mediator and cytokines in
human melanocyte function. J Invest Dermatol 1993;100:191S–5S.
4- Maeda K, Naganuma M. Topical trans-4-aminomethylcyclohexanecarboxylic acid prevents ultraviolet radiation induced pigmentation. J Photochem Photobiol
1998;47:130–41.
5- Manosroi A, Podjanasoonthon K, Manosroi J. Development of novel topical tranexamic acid liposome formulations. Int J Pharm 2002;235: 61–70.
AUTORES: Magali S. C. de Oliveira, Carla B. Buzonni, Nediana Bialeski, Camila Feola; orientadora: Dra Denise Steiner.
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